De repente,
Como se ainda podesse haver memória do imprevisto,
Aquele homem sentado no café diante de si mesmo
Vestiu o corpo que temos quando não sabemos de nós.
Com o cigarro a ocupar o espaço entre os dedos
Sentiu a vertigem da imagem que os espelhos mentiam,
Inseguro da viagem de onde só se regressa pelo naufrágio.
Foi longo o tempo de se saber ausente,
Quase mágico foi o seu gesto de pagar a conta
E mesmo depois de ter saído permanece no café
Só não sei se sou eu ou ele
Quem escreve agora estas palavras.
segunda-feira, 9 de julho de 2007
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