quinta-feira, 5 de abril de 2012

Quando escrevo o teu nome na areia do tempo
sinto que na minha carne cresce o desespero
e a memória é uma clepsidra rodeada de algas.
Atrasei os relógios e alterei os calendários
mas o teu nome permanece um sinal de desassossego,
o teu nome é um código secreto que se tornou inútil,
a chave que já não abre a porta dos mistérios.
Quando escrevo o teu nome na areia do tempo
fico à espera que as ondas o apaguem lentamente
e sei que continuarei a escrevê-lo
porque o pior de tudo seria o esquecimento.

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