domingo, 17 de maio de 2009

Dar conselhos não dou porque a vida é complicada

e cada um deve procurar para ela o seu sentido

mesmo quando o seu caminho não é paralelo aos outros.

Ouço com atenção aquilo que me dizem,

peso as palavras, as intenções e as entrelinhas,

peso os silêncios porque os silêncios têm um peso próprio

mas serei eu a ter a última palavra

para o bem ou para o mal ou para o assim-assim.

Não irei como os rebanhos pastar a mansa erva,

não sei se sou filho de deus ou do demónio

mas não irei pelos caminhos fáceis

nem serei pastor de ovelhas tresmalhadas.

Não dou conselhos porque todos os conselhos estão catalogados

e há livros com respostas para adormecer a alma.

Procuro quem sou, sou viajante de mim

e o tempo apagará as pegadas indesejadas.

1 comentário:

Anónimo disse...

Adorei...

Muito sábio!

Lindo poema...