terça-feira, 5 de maio de 2009

Serão estes os tais dias sem poesia,
os dias normais, moles e habituais,
sem palavras, sem gestos significativos
com os sonhos paralisados e as imagens suspensas?
Será este o eco de um tempo amaldiçoado,
nevoeiro de esfinges ou o que resta delas,
paredes nuas de um labirinto abandonado?
Sou porque o corpo me dói na ausência,
sou o que a memória me permite
e nunca hei-de confundir isto com a vida.

1 comentário:

Rafael Castellar das Neves disse...

Espero que não, José!

Parabéns pelo texto, muito bom!!

Abraço,

Rafael