quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Desconheço os sinais cabalísticos e os mistérios,
ignoro os rituais do medo e os seus sacerdotes,
não tenho tempo para os altares sombrios
onde se adora a própria impossibilidade do infinito,
não tenho paciência para os labirintos vazios
onde querem aprisionar a crença ou a sua ausência.
Não acredito em poderes que tornam o homem mais insignificante,
não acredito nas brumas onde nascem os heróis
que nos querem resgatar ao preço da liberdade,
não endeuso sequer a razão e os seus fantasmas.
Continuarei a interrogar as coisas e a mim próprio,
inquieto, sem verdades absolutas, sem dogmas,
recusando os mitos e quem quer fazer deles a única verdade.

Sem comentários: