sábado, 3 de dezembro de 2011

A bordo de um barco em direção a Ítaca,
levando comigo os fantasmas de Ulisses
e a perspetiva de uma ilha escondida na névoa.
Recordo os dias perdidos no diário de bordo,
recordo os sons diluídos pela distância
e o eco da tua voz a ultrapassar o tempo.
No porão guardo as arcas que trouxe da velha casa
e as memórias que sobraram da infância.
No topo do mastro mais alto perscruto o horizonte
apesar das vertigens e do nevoeiro.
Sei que passou o tempo das viagens
mas continuo no barco do meu corpo
em direção a Ítaca, em direção à esperança.

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