sábado, 8 de janeiro de 2011

Mais um Natal sem ti,
um Natal mais frio no interior do próprio corpo,
um Natal carregado de silêncios.
Repetem-se as palavras e os cânticos,
repetem-se as imagens no caleidoscópio dos dias
e tu continuas ausente
perdida irremediavelmente num tempo que não regressa.
Mais um Natal de promessas e intenções,
de caridade pública e televisiva,
de luzes e convites à felicidade do consumo.
Quando este Natal passar
como passam todos os natais, invariavelmente,
continuarei sem ti neste silêncio das palavras
porque só a tua ausência é real no espelho dos dias.

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