terça-feira, 28 de junho de 2011

Zaratustra

Zaratustra é o nome que damos à nossa vontade de ultrapassar a superfície da vida
e mergulhar na vertigem de um tempo que ciclicamente se repete
e subir à mais alta das montanhas das nossas ilusões.
Zaratustra tem o sabor do mel das abelhas selvagens
e a violência de uma tempestade inesperada de Verão.
Zaratustra é um mago que denuncia a inutilidade da magia
e aponta o dedo aos feiticeiros que se julgam superiores aos seus rebanhos.
Nas palavras de Nietzsche, Zaratustra é sinal de mudança,
anúncio de um novo tempo que anula o próprio tempo.
A mim fascina-me o falso misticismo de Zaratustra,
a sua falsa inocência, a sua falsa simplicidade.
É Zaratustra ou Nietzsche quem nos convoca para abandonar o espelho
em troca de uma verdade que pode até mentir quem não seremos?

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