quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Gosto do silêncio mas creio que não poderia viver sem as palavras,
sem o corpo delas vestido de medos e desejos,
sem a expetativa de as ver chegar de improviso
abandonando-me logo que persisto em fazer delas minhas prisioneiras.
Gosto das palavras quando elas são a nossa pele
e não quando servem de biombos,
gosto das palavras que não se transformam em gritos
nem são farpas a prolongar a violência.
Gosto das palavras que não nos escondem por detrás dos espelhos,
gosto quando adormeço na sua companhia
porque sei que nunca estarei sozinho.

1 comentário:

SophieZiegler (+.+) disse...

Concordo com tudo. =)

Poema lindo, professor. Fico contente por já ter publicado mais!