terça-feira, 20 de novembro de 2007

Morri também em 7 de Outubro
e a vida continua.
Resta a mágoa, um indescritível sofrimento,
a saudade que cresce dia a dia
mas estás presente na memória,
respiras na minha respiração,
és mais do que as fotografias coloridas
que o tempo forçosamente desbotará
aumentando os espaços de indefinição,
o cinzento obsessivo da inexorável ausência.
A tua voz fundir-se-á na minha
e se resisto é porque não quero esquecer-te
e sei que seria atraiçoar-te desistir,
encerrar-me numa prisão de dor,
torturar-me com pena de mim mesmo.
Morri contigo e continuo vivo
e em tudo o que fizer quero merecer-te.

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