Não é ainda o momento de fazer o balanço.
Os balanços fazem-se quando termina um ciclo
e mesmo nessas altura o que interessa é o que há-de vir.
A vida não se quer em fascículos
embora seja mais cómodo avaliar o que fizemos,
preencher as colunas do deve e haver,
petrificarmo-nos num tempo que inevitavelmente já passou.
Não quero fazer balanços ainda que provisórios,
não quero regressar aos meus diários de mágoas
até porque se o fizesse não me reconheceria neles.
Viver já é difícil tarefa
para que percamos tempo a registá-la pormenorizadamente
com o vício do bibliotecário e o desespero dos que ainda não viveram.
domingo, 14 de março de 2010
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