Renovam-se os dias sem as violências necessárias
Renovam-se os dias na pele das cobras de água,
Sinuosas margens a demarcar fronteiras,
Perpétuas esfinges na areia do fim da tarde.
Renovam-se os inevitáveis sinais da existência,
Os sons, as imagens, as palavras vestidas de incerteza
Que nos fazem navegar para além da origem
Ressuscitamos, nós, os herdeiros do tempo,
Ressuscitamos sem milagres, sem mitos,
Sem transubstanciação da carne,
Também nós nos renovamos como os rios,
Seguimos viagem, somos
Nos múltiplos reflexos que os espelhos nos devolvem.
quarta-feira, 11 de julho de 2007
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